segunda-feira, 14 de abril de 2014

"Arte é rainha" Juventude Socialista de Loulé visita galeria de arte em Almancil.

Numa altura de crise económica a arte é por muitos desprezada e considerada como supérflua, o que faz com que os investimentos e apoios sejam cada vez mais reduzidos contribuindo assim para o desaparecimento gradual da arte em Portugal.


A JS Loulé visitou na tarde de terça-feira, dia 8 de Abril a galeria de arte intuitiva Londot, gerida pela Sr.ª Valerie Londot, pintora e perita de arte de nacionalidade francesa, que se dedica de corpo e alma a uma causa tão nobre onde divulga artistas bastante talentosos na região algarvia, dando assim um enorme contributo para o concelho louletano, num projeto que já conta com 15 anos de sucesso.


Numa primeira fase, os membros da JS Loulé vislumbraram a zona protegida que rodeava a galeria onde os seus visitantes dispunham de diversas atividades como retratar a paisagem num desenho, disfrutando de uma serenidade harmoniosa que apenas a Natureza é capaz de proporcionar.


De seguida foram apreciadas as obras de arte em exposição no interior da galeria como: quadros, esculturas, fotografias, textos de vários artistas cuja seleção era extremamente elitista só havendo lugar para mestres de arte.


O Clímax da visita deu-se quando os jovens socialistas se sentaram á mesa com a Sr.ª Valerie numa conversa informal cujo cerne centrava-se no estado atual da arte no concelho de Loulé, onde se debateu ideias sobre mudanças e medidas necessárias nesta área “tão desapoiada financeiramente” afirma Valerie.


Nesta conversa, Hélder Semedo, coordenador da concelhia louletana da JS, questionou Valerie sobre os pontos negativos e positivos da Arte no concelho, ao que esta respondeu assertivamente a todas as perguntas, demonstrando um grande conhecimento sobre o assunto aliado a um descontentamento causado pela falta de apoio financeiro estadual à sua galeria, aos grandes artistas e a outros projetos artísticos. “Há quinze anos que trabalho gratuitamente para Loulé e tudo o que há nesta galeria saiu do meu bolso” afirmou desiludida e descontente a artista.


O ponto-chave da conversa foi quando Valerie disse: “A Arte é rainha e o que esta cidade precisa é de um museu de belas artes bem organizado, metodicamente gerido onde apenas obras de grandes mestres estariam presentes, algo em grande, a casa teria de ser um edifício antigo, com história e não uma infraestrutura moderna” e quando Hélder Semedo a questionou se estaria disposta a colaborar com o museu, esta respondeu sem hesitar que “cooperaria mas que o museu teria de ter alguém que tratasse da burocracia e da administração!”


“Vamos ter em conta tudo o que a artista disse e propôs e vamos mover esforços para que alterações sejam feitas no sentido de melhorar o que está mal ou menos bem neste ramo da cultura por vezes tão esquecido” afirmou Hélder Semedo com todo o seu espírito

 reformista.


“A visita foi ótima, não podia ter sido mais produtiva e enriquecedora, fomos muito bem recebidos pela Sr.ª Valerie, que é uma senhora simpática e agradou-me imenso o seu modo de vida, desligado de qualquer preconceito, estereótipo, padrão cultural, etc.” afirmou Mateus Rocha, adjunto do secretariado.